sábado, novembro 07, 2020

O VIAJANTE INTERIOR

O VIAJANTE INTERIOR - I

Estava na NET a consultar catálogos de livros e deparei com algo de insólito: um pequeno livro eu – O Viajante Interior – aparecia referido no Google Books como estando disponível em papel (paper back) nas plataformas Amazon e Wook. Não está nem nunca esteve. Este livro está publicado apenas em e-book, pela Bibliomundi e é apenas nesta editora e nas suas lojas associadas que está disponível.

Todavia, quem tiver curiosidade em espreitar o conteúdo, poderá ler algumas páginas no Google Books.

O VIAJANTE INTERIOR – II

Menina e Moça [… … …] de Bernardim Ribeiro, presumida um judeu, sem dúvida um neopitagórico, que o mesmo será dizer-se, pelo contexto ibérico, um “alumbrado” – para quem não saiba ou não se lembre, é o termo castelhano para illuminati – , ele escreveu esta obra, onde abundam os condimentos gnósticos, já depois da condenação da heresia dos alumbrados pelo Édito papl de 1525.

… … … …

O meu destacado carinho pela Menina e Moça – menina, virgem, imaculada – para além de ser o mote para a ideia de viagem que pretendo desenvolver, deve-se a reconhecer nessa novela o meu cais de partida para a viagem de busca e descoberta dos gnósticos, dos sufiis e dos rosacruzes (ou rosacruciano, para os que preferem os dizeres de René Guénon). Com os primeiros, aprendi que a gnose contraria o gnosticismo, enquanto heterodoxia pagã que tende à multiplicação dos dogmas aleatórios, à proliferação de crenças de circunstância e à obstinação nos erros fundacionais; com os segundos, percebi que as religiões, por menos efémeras que pareçam, são um meio necessariamente precário, não um fim, porque por mais que segurem o homem – ou por isso mesmo –, dificilmente o elevam, e que o facto de se estar no mundo não implica pertencer-lhe; com os últimos aprendi que a lucidez e a busca constante é que permitem saber que a vida é um processo, não um acontecimento e que a razão deve ser uma ferramenta da inteligência, não o seu garrote.

E com tudo isto assim dito, bom será que fique evidente que não sei se aprendi convenientemente – seria muita pesporrência afirmá-lo – porque isto de navegar, seja no mar das águas seja no das ideias, tem muito que se lhe diga. Quem não sabe que, quando se busca a Índia, podemos antes encontrar a América?

Não foi o que aconteceu com Colombo?

segunda-feira, novembro 02, 2020

DA CRENÇA E DA DESCRENÇA

V. Novas 01 de Novembro de 2020

A crença é uma descrença na vida e no conhecimento, uma submissão da vida e da inteligência aos ditames da circunstância e das autoridades que a controlam.

Há muitas fábricas engajadas na produção da crença, e há crenças para todos os medos, angústias e frustrações, sendo as mais constantes e nefastas as que se constituem em igrejas, que reivindicam conhecimentos e poderes incontestáveis, vindos do alto. As igrejas fazem da ignorância virtude e do conhecimento pecado.

A crença e o seu subproduto, que é a descrença, são frutos venenosos da ignorância; o conhecimento mata a crença vagarosamente e incomoda a descrença na sua preguiça.

A crença é uma ignorância presunçosa e invariavelmente agressiva; como esconjuro do medo, é uma figa para a frente.

Quando acreditávamos que a Terra era plana e que para lá dos seus bordos (onde se acabava o mundo) só havia dragões, tínhamos um medo sério, verdadeiro e irredutível dos dragões, apesar de eles não existirem…

Quando aprendemos que tudo isso era falso, mas não o medo, continuámos a acreditar nisto e naquilo, na exacta medida da persistência da nossa ignorância.

ABDUL CADRE

sexta-feira, maio 29, 2020

AS UNIDADES DE CONSCIÊNCIA EMITEM E RECEBEM

Cada Eu (ou Ego), como unidade de consciência, é um emissor/receptor, mergulhado num meio potenciador constituído pelos demais.

Estúpidos, santos, inteligentes, bandidos, todos os homens estão conectados com a inteligência global e absoluta através do meio próprio que é a inteligência colectiva da espécie. Todavia, a ligação poderá ser defeituosa ou cheia de ruídos; é como tentar falar para a Austrália usando os obsoletos rádios de ondas curtas.

Eis que a nossa ligação de consciência precisa de imensos cuidados, estar em perante actualização. Não é assim que fazemos com os sistemas operativos dos nossos computadores?

Expandir a nossa consciência é um processo de alta-fidelidade; temos de cuidar do aparelho e das antenas. Estes nossos aparelhos – as consciências individualizadas no eu – são de emissão e recepção. Mas o que imitimos pode não chegar onde almejamos, por instabilidades várias. Também podemos querer receber e só obter ruídos, mormente por via de desatenção, por via da fragilidade dos nossos pensamentos e emoções. Todo o ruido obstaculiza a sintonia.

Para receber daqueles que nos rodeiam temos de saber ouvi-los, em especial se não falam, se estão calados. Para receber do Cosmos é necessário que a linha não esteja saturada. Há que limpar todas as interferências, as maiores das quais são as nossas crenças.

Fico triste quando pessoas a quem reconheço luminosidade se perdem em processos patológicos de autoconvencimento, debitando que Deus é assim, o homem é assado. Como sabem isso? Disseram-lhes? Leram num livro? Decoraram na catequese?

Isso não é saber.

Com todo esse ruido jamais estarão receptivos, quer aos seus mundos internos quer ao Cósmico.

Façam silêncio. Cultivem a dúvida. Não errem a conselho de outros, se tiverem de errar, que seja por vós próprios. Tomem consciência que todo o autoconvencimento é uma mentira que se repete para que pareça verdade, constituindo ilusão, apenas ilusão.

PSICOLOGIA DA RECEPÇÃO

1 – Relaxamento total do corpo e da mente

2 – Procure-se o estado Alfa

3 – Todas as ideias (próprias ou aprendidas) devem fluir à nossa frente como folhas de Outono levadas pelo vento

4 – Despolua-se de crenças, afaste as preocupações.

5 – Apurar o discernimento para não nos confundirmos: nem todas as imagens e ideias que nos chegam estão isentas de indução nossa ou do meio. Saber reconhecer o que veio e não é nosso.

6 – Não desejar nada, nem sequer o êxito da recepção.

7 – Vazio emocional e mental.

PSICOLOGIA DA EMISSÃO

1 – Emite-se quando a nossa energia está em alta. O entusiasmo facilita. (Ver num dicionário etimológico o que quer dizer entusiasmo)

2 – Colocam-se as antenas em posição de emitir.

3 – Foca-se o pensamento

4 – Dá-se-lhe o poder do entusiasmo.

5 – Vê-se o pensamento partir.

6 – Deixa-se que vá.

7 – Não se pode prendê-lo nem trazê-lo de volta. Não se pensa mais nisso.

NOMENCLATURAS – REFLEXÕES

Sem que seja apenas metáfora, pode dizer-se que, no homem – no corpo físico do homem – a matéria evoluiu até à consciência de si própria.

Como potencial evolutivo, esta consciência só existe na matéria de forma reflexa, é uma infusão de uma energia global ou cósmica.

No homem, o fenómeno da autoconsciência permitiu-lhe a individuação volitiva – única forma de escapar à ditadura da natureza – e a construção de um EU (ou EGO), eixo central da sua evolução através das eras e ponto de sintonia com a consciência global (ou absoluta).

Esta capacidade de sintonia faz dos seres humanos unidades de consciência. Eis a razão para tão frequentemente dizermos que no homem a consciência é o eu (ou Ego), um estágio reflexo, ou infundido, da consciência global. Sem este eu (ou ego) o homem seria apenas animal, não teria conquistado o seu lugar no reino hominal.

Aqui chegados, e tendo bem presente as ideias preguiçosas de certa literatura esotérica de cordel, que se reproduz a si própria; que fala de planos, coisas assim às camadas, como nos pastéis de nata, apetece perguntar:

Haverá os tais planos, nessa consciência global?

Sim e não.

Os planos, que muitas escolas ensinam, não são lugares, são apenas formas didácticas usadas para sensibilizar os estudantes, não constituem uma realidade concreta. A energia não se divide em planos, é una, a sua recepção (ou fruição) é que é plural.

Quando os estudantes tomam as fórmulas pela coisa, tal confusão impedi-los-á de entender a coisa. A água é a água, não é a cábula química que a representa de H2O

Vejamos uma visão temática que a imaginação pode traçar, querendo explicar planos de consciência, recorrendo aos elementos do saber Tradicional:

TERRA – Consciência física, mundo das vibrações.

AR – Emoção, empatia, baixo astral.

ÁGUA – Aura, mente, racionalidade, astral médio

FOGO – Intuição, psiquismo, inteligência. alto astral.

Se utilizarmos este esquema à letra, mataremos o espírito que o sopra. Não serve para dizer é assim, nem serve para dizer é assado, serve para reflectir.

quarta-feira, maio 27, 2020

NOMENCLATURAS – EQUÍVOCOS E IMPRECISÕES

Vejamos alguns equívocos e imprecisões: os chamados planos de existência, por exemplo, propostos por algumas escolas ocultistas, que induzem certamente em erro os curiosos sem espírito crítico; tais planos não existem como lugares, mas apenas como modos de ser e de estar. Em boa verdade, só nos é lícito e produtivo falar de dois planos de existência: o plano material, onde desenvolvemos a nossa vida mundana, e um outro plano, que vulgarmente se designa por Além, mas pormenorizar o Além – e há demasiada gente a fazê-lo – das duas, uma: ou resultaria de um excesso de imaginação ou teríamos uma grande falta de humildade.

Seguindo o raciocínio havido para os planos, quando se fala de corpo astral, corpo mental, etc., não é de corpos verdadeiramente que se fala, apenas se usam imprecisões para facilitar o discurso. Imaginem agora que se facilitava de modo equivalente o discurso para ensinar física atómica ou química do carbono!...

Já imaginaram?

Um dos mais equívocos termos usado pelo ocultismo literário é o sacralizado EGO. Disparatadamente quer-se forçar a distinção entre EGO e EU, o que equivale a distinguir sol de astro-rei. Ego é a expressão latina para EU, de onde, aliás, a palavra «eu» deriva. Os termos «ego» e «eu» estão tão correcta, clara e eficazmente assentes e codificados pela Psicologia e pela semântica que o trabalho espúrio de os confundir só pode ter como consequência o descrédito de quem o pretende fazer, pela pouca ciência que assim demonstra.

Para nós, ego é tão simplesmente o conceito que qualquer indivíduo tem de si mesmo, o ser humano considerado como ente consciente de si e daquilo que o rodeia. Mesmo que se queira atender ao pensamento de Kant ou de Freud, pouco ou nada se sai daquilo que basilarmente qualquer dicionário regista. O mais que se divague é exercício ocioso. Mas não compliquemos, porque ninguém está impedido de acrescentar ao termo «eu» distinções e atributos julgados convenientes, como eu espiritual, eu transcendental ou similares.

NOMENCLATURAS – A CONSCIÊNCIA

Um termo muito usado, mas susceptível de muitos equívocos é o de consciência. É certo que a palavra é bastante polissémica, mas os esoteristas teriam muito a ganhar se usassem com mais denodo expressões como consciência superior, consciência cósmica sempre que se referissem à consciência que permite a sabedoria, como oposição ao uso em Psicologia de consciência conhecimento, que é aquela que usa os sentidos, age por comparação e se refere à capacidade de receber impressões do exterior e reagir em relação às mesmas. Em português, «consciente» tanto pode querer dizer «que sabe que existe» (autoconsciência), como «que sabe o que faz», que é cônscio, sabedor, ciente. É o «concienzudo» castelhano, que se pode traduzir por cuidadoso. E vale a pena lembrar que na língua castelhana, que muitos chamam língua espanhola, temos o termo «conciencia», que é a consciência conotada com a moral e o termo «consciência», que significa conhecimento. O interessante, como curiosidade divertida, é que muitos portugueses, conhecendo ou não o castelhano, em vez de pronunciarem consciência, pronunciam erradamente conciencia, que é um termo que a língua portuguesa não regista nem está previsto nas tropelias da aberração conhecida como «acordo ortográfico».

Mas, para além das divergências de nomenclatura, que em boa verdade apenas causam dificuldades de conciliação e entendimento, podendo dar-se de barato que serão vantajosas para tornar distintas as escolas e as origens lexicais, temos a popularização de termos que rebaixam os conceitos. Hoje em dia, não há quem não fale do astral: o astral está em baixo, o astral está em cima, o corpo astral, isso está no astral, etc. É o preenchimento do vazio com o vazio.

Ora bem, àquilo a que os hermetistas tradicionais chamavam mediador plástico, isto é, um modo de exteriorização da alma, da consciência psíquica, corresponde a seguinte pluralidade de designações:

KA (1)

Egípcios

JIVA

Sânscrito

NEPHESCH

Cabalistas

KAMA RUPA (2)

Teosofistas seguidores de Blavatsky

CORPO EMOCIONAL

Teosofistas seguidores de Max Heindel

CORPO ASTRAL

Linguagem popularizada

CORPO PSÍQUICO

Rosacruzes

ENVOLTÓRIO FLUÍDICO

Martinistas

1 - Segundo outros entendimentos, KA deve considerar-se equivalente ao duplo etéreo.

2 - Primitivamente, a fundadora da Sociedade Teosófica, Blavatsky chamou de Linga Sharira o corpo astral, vindo mais tarde a optar por Kama Rupa, reservando Linga Sharira para designar o duplo etéreo.

A lista, evidentemente, não é exaustiva. De qualquer forma, e vem a talhe de foice, expressamos a nossa preferência por CORPO PSÍQUICO e chamamos à vulgarizada viagem astral PROJECÇÃO PSÍQUICA. Pensamos que estas expressões são mais simples, mais expressivas e mais identificativas dos respectivos fenómenos, mas se o leitor preferir as expressões mais vulgares popularizadas pela literatura de divulgação, fique à vontade, desde que nos consigamos entender.

O Corpo Psíquico é uma resultante da reacção mútua de duas energias de sinal contrário: a energia preponderantemente negativa que os rosacruzes chamam de espírito e que cristalizada constitui o corpo físico, e a energia positiva da alma, ou chispa divina no homem.

Convém que se sublinhe que o corpo psíquico não é a alma, mas a sua exteriorização, intimamente ligada à força vital, que os orientais chamam prana (Índia) ou chi (China). Deve ler-se «qui», podendo escrever-se «Ki», como em Reiki.

O controlo desta energia pela potência da alma que é a vontade — a sua direcção inteligente — é que permite exercer as chamadas terapias espirituais e utilizar os pressupostos e as técnicas que têm sido atribuídas ao magnetismo animal, conceito demasiado equívoco e por demais «mecanicista».

sábado, abril 18, 2020

A PROPÓSITO DE ILUMINAÇÃO

Tenho recebido alguns remoques a propósito do quanto insisto que as conversas de eu inferior e eu superior são disparatadas, que só há um eu e que chamar-lhe ego é só ir ao latim, que o foi buscar ao grego, para dizer a mesma coisa. Se deixassem o ego para o Freud, não faziam um favor ao Freud, mas a vós mesmos.

Estarei a falar para os peixes? É possível, mas não me importo. Sei bem que o vírus da lepra new age, que afecta as almas desprevenidas é muito forte e eu não tenho a veleidade de ter a vacina. Além disso, não quero para mim o exclusivo da divisa que tomei de Bernard Shaw. «Não me dêem conselhos, deixem-me errar por mim próprio».

A história do eu superior e eu inferior deve ser sequela ainda do serviço militar obrigatório, aí é que havia superiores e inferiores: os magalas e os graduados. A mania das hierarquias levou até ao ponto de haver oficiais superiores, todavia não se chamando inferiores aos que não eram superiores. E acima destes todos havia ainda os oficiais generais. Uma pirâmide egípcia completamente deslocada.

Mas vamos lá ao eu (ou ego, que é a mesma coisa). Quando se ensina aos estudantes rosacruzes as nuances do eu, falando-se do eu objectivo e do eu subjectivo, contrariamente ao que muitos acabam por entender, não é de eu superior e eu inferior que estamos a falar, não estamos a falar de duas coisas separadas, mas das formas de acção de uma coisa só: a mundana, que é conferível pelo conhecimento científico e conciliável com os mais; e a pessoal e intransmissível. Ou seja, eu posso relatar a minha dor, mas quem ouve o relato jamais poderá saber como é a minha dor; eu posso desenhar uma circunferência, dirão uns que está bem desenhada, outros que está muito torta, mas todos saberão que é uma circunferência.

O ego, ou o eu, como quiserem, é a maior conquista dos seres inteligentes; é aí que reside a autoconsciência. É a iluminação deste ego que transforma o neófito em discípulo aceite. O ego é uma unidade de consciência da Grande Fraternidade Branca; é iluminado que o discípulo aceite toma lugar aos pés do Mestre.

Quando falo em transformar, há que ter em atenção que nenhum eu se transforma no que não é, apenas vai assumindo gradualmente aquilo que já é.

quarta-feira, janeiro 22, 2020

AS CEREJAS

Os livros sempre foram para mim como as cerejas, uns puxam pelos outros. O livro de que reproduzo a capa não o comprei pelo tema, comprei-o por ser em francês, e por ser o mais barato de quantos em francês encontrei na Barata. O caso é que andava no secundário – foi há mais de meio século – e queria aperfeiçoar a língua.
Achei o livro um completo espanto, mas não encontrava ninguém que achasse o mesmo. Talvez ele não fosse tão espantoso assim, mas foi, todavia, o início da minha concepção do mundo, um pouco aquilo que se diz nos circuitos esotéricos de que tudo está em tudo. Isto desembocou na questão dos fractais, que o Universo é um imenso fractal, tudo se desenvolve à semelhança dos padrões mínimos dos ramos das árvores, e a energia que desenha essa matriz é ainda desconhecida porque os homens inventaram Deus para a substituir, e o nome que se dá às coisas aprisiona-as e limita-as. O grande obstáculo à expansão da nossa consciência é a crença, sobretudo a crença num Deus pessoal e distante, soberano despótico das nossas vidas.
Denis Saurat (1890-1958) nasceu em França e viveu em Londres durante a II Guerra Mundial. Foi professor de literatura e especializou-se no estudo dos poetas Spenser, Milton e Black, e foi por estes que foi levado a introduzir-se nos círculos ocultistas britânicos e a entrar em contacto com o enigmático Gurdjieff, de que se tornou amigo e discípulo, dele tomando o celebrado conceito do eneagrama. Todavia, não é nada disto que o livro reflecte, ele parte de um estudo científico de Jean Feytaud (1889-1973) sobre insectos, e em especial sobre as térmitas.

Jean Feytaud foi professor na Faculdade das Ciências de Bordéus, Director do Centro de Pesquisas Fito patológicas, Membro do Comité Internacional para a luta contra a Doryphore (escravelho da batata) e Membro Honorário da Academia Chilena de Ciências Naturais. É com ele que se inicia a zoologia aplicada e a luta agrobiológica.
Denis Saurat escreveu meia centena de livros, uma parte deles sobre religião e mitologias e neste livro desenha uma hipótese tão fascinante quanto o foi mais recentemente o Gene Egoísta, do Dawkins. Com a sua excepcional erudição, procura desvendar os mistérios da Ilha de Páscoa, dos gigantes do Terciário e faz remontar as suas propostas a tão longe quanto as primeiras civilizações dos insectos, vendo nelas a matriz do que vieram a ser as civilizações humanas. Alguns aspectos do que diz chegam a ser perturbadores.