quinta-feira, maio 19, 2022

A REVISTA NOVA ÁGUIA E O BOLETIM DA ACADEMIA GALEGA DA LÍNGUA PORTUGUESA.

 

Mão amiga, que não recordo qual, porque muito tempo se passou, fez-me chegar à mão a edição de 2012, que só agora tive ocasião de ler e de perceber porque me foi remetido. Nesta edição fazem-se imensas referências ao número 7 da Revista Nova Águia, de 2011, e a página 251 o sociolinguista brasileiro Professor Dino Preti refere-se assim a um texto meu, inserido na referida NA:

«O segundo apartado da revista e tema central do mesmo, leva por título “Sobre Fernando Pessoa”. São um total de vinte e três trabalhos que versam sobre aspectos filosóficos e literários da vida e da obra do nosso grande poeta e pensador.

De todos os trabalhos, quero salientar o texto de Abdul Cadre “Um Fernando Pessoa” no que desvenda certos aspectos psico-filosófico-literários da obra e a complicada personalidade pessoana: o seu esoterismo surgido dum desequilíbrio psiquiátrico por ele reconhecido e mesmo aceite com fim criativo; desvenda também elementos biográficos, a sua grande obra não publicada, do seu gosto pelo ocultismo, a sua solidão voluntária, a sua vida e formação em África do Sul, o seu posicionamento liberal-conservador e o seu fundo nacionalismo português, nacionalismo mítico, contrário ao catolicismo, mas pró-sebastianista. O mito de Pessoa tem três faces para o autor deste texto: uma rosacruciana e templária; uma segunda aproximação ao mito vem dada pela sua obra “Mensagem” na que Abdul Cadre joga com a numerologia e o seu simbolismo, assim como pela sua simbologia enriquecida com sufixos que lhe dão sentidos diversos. Há mais uma terceira aproximação ao mito que tem a ver com os seus heterónimos e os seus significados ocultos. Tudo isto conjuga a espiritualidade pessoana baseada na ideia de religião dos portugueses (V Império, Império do Espírito Santo...), profetismo, esoterismo e iniciação. Igualmente expõe as vias para o progresso espiritual. Tudo sob critérios rosacrucianos».

Pelo que atrás refiro, é evidente quer não tive oportunidade de agradecer a referência do Professor Dino Preti, que naturalmente farei agora.